Descrição
A sua saúde débil de criança revelaria uma grande inteligência aliada a uma vontade e uma dedicação firmes. Formou-se em 1891 em medicina, sendo uma das primeiras médicas a formar-se na capital portuguesa e a primeira a defender tese, com o nome “A febre histérica”. Depois de uma vida dedicada à saúde, aos 59 anos recolhe à vida privada, acalentando então a tendência literária que se vira obrigada a pôr de parte. Publicados foram alguns curiosos e interessantes romances psicológicos, de sua autoria. Em 1926 integra o Movimento Espírita que desponta, juntamente com o seu irmão Pedro Cardia, fazendo parte da 1ª Junta Consultiva dos Corpos Sociais da Federação Espírita Portuguesa e da Comissão Pró-Sede da FEP. Em 1928 assume a Direção da Revista Espírita na FEP, “Mensageiro Espírita” que dirige durante 5 anos.
Na Revista “Estudos Psíquicos”, n.º 7, lê-se:
“A Doutora Amélia Cardia pertence à categoria dos obreiros que não esquecem. Enquanto houver espíritas e órgãos de propaganda, o seu nome há-de ser lembrado com veneração e sentimento. Mulher de convicções arreigadas e espírito forte à maneira antiga, foi coerente com a sua obra e jamais transigiu com o dolo ou a veniaga (comércio)”.
